O ácido hialurônico tornou-se um queridinho da dermatologia para reduzir a flacidez da pele e linhas de expressões, porém não é apenas essa especialidade da medicina que faz grande sucesso. Na ortopedia o uso do ácido hialurônico no joelho e em outras articulações para o tratamento, principalmente, de artrose, vem sendo bastante procurado.
O ácido hialurônico é um polissacarídeo de alto peso molecular, uma substância produzida naturalmente presente em nosso organismo, presente no tecido epitelial, conectivo e nervoso. Esta substância é um importante componente do líquido sinovial, responsável pela lubrificação e nutrição do tecido cartilaginoso.
Com o aumento da idade, a cartilagem presente nas articulações começam a se desgastar e o líquido sinovial pode ficar menos viscoso. O mesmo efeito acontece em pessoas que sofreram alguma lesão ou apresentam inflamações articulares.
É um procedimento que teve uma grande procura recente, mas desde a década de 90 os laboratórios começaram a produzir o ácido hialurônico exógeno (sintético) com o intuito de tratar problemas articulares.
A infiltração do ácido hialurônico no joelho, ou viscossuplementação, é um procedimento de introdução da substância na articulação. Um procedimento simples, que dura em torno de 10 minutos e pode ser realizado em um consultório médico.
O médico ortopedista ou reumatologista, limpa a área que será aplicada a injeção. O primeiro passo é a aplicação do anestésico local na área ao redor da articulação para evitar dor ou desconforto durante o procedimento. Em caso da articulação estar com muito fluido, o médico pode remover uma pequena quantidade antes de realizar a aplicação. Finalizando o procedimento, o médico aplica o ácido hialurônico no espaço articular e coloca um pequeno curativo onde foi realizada a injeção.
A maioria dos pacientes não tem problemas após o procedimento, porém uma pequena porcentagem pode apresentar algum tipo de complicação ou a possibilidade do tratamento não ajudar de forma eficaz os sintomas e não atingir as expectativas do paciente.
A complicação mais frequente é a inflamação logo após a injeção, podendo causar um pouco de dor e inchaço. Bem raros são os casos que ocorrem sangramento local, reação alérgica ou outra complicação.